Reunião na Câmara Municipal de São Paulo neste dia 12 de Abril para discussões referente as demandas dos movimentos, e principalmente sobre a Campanha das eleições do Conselho Municipal de Habitação, teve a presença de várias lideranças da chapa MOP 202, como o Rosalvo Salgueiro, Arlete Lourdes, Alex Alves, Quintana, Beatriz Botelho, Vicente Leme, Robertinho da FECAP 5, dentre outros, algumas pessoas disseram ter ficado surpresos com a quantidade de pessoas que saíram de suas casas em uma terça-feira, enfrentando o transito caótico desta Cidade, mas que foram e mostraram para que vieram, afirmaram estarem muito confiantes com o empenho de seus aliados tanto nas associações como nos institutos.
quarta-feira, 13 de abril de 2016
domingo, 3 de abril de 2016
Conheça a lista das Associações e Institutos que formam a chapa MOP (Movimento Popular).
1. Movimento Terra de
Deus de Todos
2. Instituto Paulista
de Apoio às Cidades – IPAC
3. MAC – Movimento
Associado Comunitário
4. Instituto de
Inclusão Social Alto da Liberdade
5. Associação Cultural
– OGBAN
6. Ass. Dos Moradores
do Conj. Habit. Teotônio Vilela
7. MOSOBE – Movimento
Social Beneficente
8. Associação de
Ajuda Mútua Jardim Paquetá
9. Associação
Mulheres da Columbia
10.
Rede Solidariedade
11.
Ass. Comunitária
do Jd. São Jorge & Adjacências
12.
Núcleo Betel
13.
Núcleo Centro
Social URS Belle
14.
Pastoral Social
15.
Associação
Comunitária dos filhos da terra
16.
Ass. Comunitária
do Movimento Popular Social - MPS
Encontre o local de votação do Conselho Municipal de Habitação, dia 15/05/2016.
Atenção amigos, encontre o local de votação mais próximo de sua residência.
Documentos necessários:
RG
Titulo Eleitoral
01 - Bela Vista
Subprefeitura Sé
Rua Alvares Penteado, 49 –
Centro
02 – Perdizes
EMEI Santos Dumont
Rua Diana, 250 Vila
Pompéia
03 – Santa Efigênia
EMEI Patrícia Galvão
Rua Augusta, 101
04 – Mooca
Subprefeitura da Mooca
Rua Taquari, 549 – Mooca
05 – Jd. Paulista
EMEI Antônio Branco
Lefreve
Rua Dr. Ovídio Pires de
Campo, 342 – Jd. Paulista
06 – Vl. Mariana
Subprefeitura Vila Mariana
Rua José de Magalhães, 500
20 – Valo Velho
CÉU\EMEF Feitiço da Vila
Rua Feitiço da Vila, S\Nº
246 – Santo Amaro
Subprefeitura de Santo Amaro
Pça Floriano Peixoto, 54
247 – São Miguel
EMEF Arquiteto Luís Saia
Rua Américo Gomes da
Costa, 93
248 – Itaquera
Subprefeitura Itaquera
Rua Augusto Carlos Bauman,
851
249 – Santana
Subprefeitura Santana
Av. Tucuruvi, 808
250 – Lapa
Subprefeitura Lapa
Rua Guaicurus, 1000
251 – Pinheiros
Subprefeitura Pinheiros
Av. Nações Unidas, 7123
252 – Penha
Subprefeitura Penha
Rua Candapuí
253 – Tatuapé
EMEI Quintino Bocaiúva
Rua Monte Serrat, 468
254 – Vila Maria
Subprefeitura Vila Maria
Rua General Mendes, 111
255 – Casa Verde
Subprefeitura Casa Verde
Av. Ordem e Progresso,
1001
256 – Tucuruvi
EMEF Esmeralda Sales
Rua Maria Amália Lopes
Azevedo, 2167
257 – Vila Prudente
Subprefeitura Vila
Prudente
Av. do Oratório, 172
258 – Indianópolis
EMEF João Carlos da Silva
Borges
Alameda dos Tupiniquins,
1473
259 – Saúde
EMEF Jean Mermoz
Rua Correia de Lemos, 30
260 – Ipiranga
Subprefeitura Ipiranga
Rua Lino Coutinho, 444
280 – Capela do Socorro
Subprefeitura Capela do
Socorro
Rua Cassiano dos Santos,
499
320 – Jabaquara
Subprefeitura Jabaquara
Av. Armando Arruda
Pereira, 2312
325 – Pirituba
Pç de Atendimento
Subprefeitura Pirituba
Rua Dr. Felipe Pinel, 12
Pirituba
326 – Ermelino Matarazzo
Subprefeitura Ermelino
Matarazzo
Av. São Miguel, 5550
327 – Nossa Senhora do Ó
EMEF Érico Veríssimo
Rua Rafael Alves, 295 –
Vila Marina Freguesia do Ó
328 – Campo Limpo
Subprefeitura Campo Limpo
Rua Nossa Sra. Do Bom
Conselho, 59
346 – Butantã
Subprefeitura Butantã
Rua Ulpiano da Costa
Manso, 201
347 – Vila Matilde
EMEF Visconde de Cairu
Praça Araruva, 199
348 – Vila Formosa
Subprefeitura Aricanduva
Rua Esponina, 82
349 – Jaçana
Subprefeitura Jaçana
Av. Luís Stamats, 300
350 - Sapopemba
Subprefeitura de Sapopemba
Av. Sapopemba, 9.064
351 – Cidade Ademar
Subprefeitura Cidade Ademar
Av. Yervant Kissajikian,
416
352 – Itaim Paulista
Subprefeitura Itaim Paulista
Av. Marechal Tito, 3012
353 – Guaianazes
Subprefeitura Guaianazes
Estr. Itaquera\ Guaianazes,
2565
371 – Grajaú
CÉU Navegantes
Rua Maria Moassab Barbour,
07
372 – Piraporinha
Subprefeitura M´Boi Mirim
Av. Guarapiranga, 1265
373 – Capão Redondo
CÉU Capão Redondo
Rua Daniel Gran, s\n Jd.
Modelo
374 – Rio Pequeno
CÉU Butantã
Av. Eng Heitor A. Eiras
Garcia, 1870
375 – São Mateus
Subprefeitura São Mateus
Av. Ragueb Choffi, 1400
376 – Brasilândia
Subprefeitura Freguesia do
Ó
Av. João Marcelino Branco,
95
381 – Parelheiros
Subprefeitura Parelheiros
Av. Sadamu Inoue, 5252
389 – Perus
Subprefeitura Perus
Rua Ylidio Figueiredo, 349
390 – Cangaíba
CÉU Quinta do Sol
Av. Luis Imperato, 564
392 – Ponte Rasa
EMEF Wanny Salgado Rocha
Rua Silvio Ribeiro dos Santos,
104
397 – Jardim Helena
EMEF Raimundo Correa
Rua Dr. José de Porciúncula,
986
398 – Vila Jacuí
Subprefeitura de São
Miguel
Rua Ana Flora Pinheiro de
Souza, 76
403 – Jaraguá
EMEF Deputado Rogê
Ferreira
Rua Filonilia Gonçalves
dos Santos, S\N Jaragua
404 – Cidade Tiradentes
Subprefeitura Cidade
Tiradentes
Estrada do Iguatemi, 2751
405 – José Bonifácio
CÉU Inácio Monteiro
Rua Barão Joaquim do Amparo,
s\n
408 – Jd. São Luís
EMEF Procópio Ferreira
Av. Fim de Semana, 527 –
Jd. São Luís
413 – Cursino
EMEI Prof. Fátima Regina
da Cruz Sabino Calada
Rua Mario Quintana, 15 Jd.
São Silvério – Sacomã
417 – Pq. Do Carmo
EMEF Prof Aurélio Arrobas
Martins
Av. Afonso de Sampaio e
Souza, 2051
418 – Pedreira
CÉU Alvarenga
Estrada do Alvarenga, 3752
420 – Vila Sabrina
EMEF Prof Mª Isabel
Pacheco de Almeida Ribeiro
Rua Francisco Franco
Machado, 160
421 – Teotônio Vilela
CÉU Sapopemba
Rua Manoel Quirino de
Matos, s\n
422 – Mandaqui
EMEF Com. Gastão Moutinho
Rua Cel. João da Silva Feijó, 40
quinta-feira, 31 de março de 2016
Minha Casa Minha Vida chega à 3ª fase com 2 milhões de novas moradias até 2018.
A presidente Dilma Rousseff lança, nesta quarta-feira (30), a terceira fase do programa Minha Casa Minha Vida, com o objetivo de contratar mais 2 milhões de moradias a serem construídas até 2018.
A nova etapa do maior programa habitacional da história do Brasil terá como novidade a criação de uma nova faixa de renda, a faixa 1,5, que vai facilitar a compra da casa por famílias que ganham até R$ 2.350.
No total, o Minha Casa Minha Vida 3 prevê investimentos de R$ 210,6 bilhões ao longo de três anos, que continuarão a dinamizar o setor de construção civil e a economia como um todo. Desse montante, R$ 41,2 bilhões virão do Orçamento Geral da União e R$ 39,7 bilhões de subsídios do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O aporte de recursos foi aprovado pelo Conselho Curador do Fundo e não acarretará prejuízos aos trabalhadores. Os R$ 129,7 bilhões restantes virão de financiamentos realizados por meio do FGTS.
Fontes-Portal Brasil Minha Casa Minha Vida
sábado, 26 de março de 2016
Reunião da chapa MOP no diretório do PSDB.
A reunião do MOP (Movimento Popular) no diretório municipal do PSDB, teve a presença de diversos líderes, de associações e instituições ligada a movimentos populares.
Na reunião ficou definida diversas colocações rumo as eleições do Conselho Municipal de Habitação.
Esteve presente diversos Coordenadores de associações e instituições.
Rosalvo Salgueiro
Alex Alves
Antônio Quintana
Ana Maria
Ana Lúcia
Edilson Gaião
Maria Nazaré
Na reunião ficou definida diversas colocações rumo as eleições do Conselho Municipal de Habitação.
Esteve presente diversos Coordenadores de associações e instituições.
Rosalvo Salgueiro
Alex Alves
Antônio Quintana
Ana Maria
Ana Lúcia
Edilson Gaião
Maria Nazaré
segunda-feira, 28 de dezembro de 2015
Verba para moradia cria guerra de movimentos sociais.
Grupo ligado ao PSDB
acusa o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) de usar ligações com PT
para furar a fila do Minha Casa, Minha Vida
O Movimento dos Trabalhadores Sem-teto (MTST) não é um
movimento social que faz pressão somente por habitação. É um movimento
político, que luta pelo socialismo e que, embora critique a atual política
econômica do governo federal, está engajado na defesa do mandato de Dilma
Rousseff por considerá-la ameaçada pelo pedido de impeachment em discussão no
Congresso e no Supremo Tribunal Federal (STF).
A avaliação, feita na semana passada pelo principal líder
nacional do MTST, Guilherme Boulos, minutos antes da maior manifestação do ano
a favor de Dilma, na Avenida Paulista, no centro de São Paulo, deixa clara a
posição do movimento que batalha pela manutenção e ampliação do acesso às
verbas do Minha Casa Minha Vida (MCMV) Entidades, principal fonte de renda para
garantir a militância do movimento.
Com novas áreas à espera de recursos do MCMV, como Novo
Pinheirinho (Santo André), Dona Deda (Campo Limpo), Nova Palestina (zona sul),
o MTST já conta com terreno da Copa do Povo, em Itaquera, comprado da Viver
Incorporadora, que tem prevista a construção de 2.650 unidades. O dinheiro,
segundo o Ministério das Cidades, já está destinado à Associação de Moradores
do Acampamento Esperança de Um Novo Milênio, do MTST. A bagatela de R$ 201,4
milhões pode chegar até R$ 307,4 milhões com o acréscimo, por unidade, de R$ 20
mil do programa estadual Casa Paulista, e mais R$ 20 mil do programa municipal
Casa Paulistana, da Prefeitura.
“Mas isso ainda é só plano. Não existe esse dinheiro”, diz
Boulos, explicando que o único empreendimento concluído e entregue do MTST é o
Condomínio João Cândido, no Taboão. Ali, o aposentado José Ferreira da Silva,
de 67 anos, mora em um apartamento com a mulher, Maria Costa Gomes, de 70 anos,
em um apartamento de 63 m², assoalho de azulejos brancos, portas adaptadas para
eventuais necessidades especiais, com três dormitórios, sala, cozinha, área de
serviço, sacadinha em prédio com elevador.
Um cálculo feito na Secretaria Estadual da Habitação, em
planilhas de 2012 e 2015, mostra que o MTST já recebeu R$ 81,3 milhões pelo
MCMV Entidades no estado de São Paulo. “O MTST não recebe um centavo porque o
dinheiro é repassado direto para o dono do terreno”, rebate Boulos.
Segundo a secretaria, há uma lista de 29 entidades com
recursos para habitação, totalizando R$ 307,7 milhões. E o MTST, sozinho,
segundo os dados, detém um quarto dos recursos para construção de 3.944
unidades. “Além do João Cândido, o único recurso liberado foi o do Copa do
Povo, comprado por R$ 28 milhões”, afirma Boulos.
O Copa do Povo foi ocupado pelo MTST em maio de 2014. Era
uma zona de produção industrial (ZPI), que proibia a construção de residências.
Uma lei municipal teve de ser criada para que a área pudesse entrar no programa
de habitação. “Curiosamente, foi o vereador Police Neto (PSD), que teve até
boneco queimado pelo MTST, que negociou a alteração que beneficiou o
movimento”, disse um especialista em habitação da Câmara.
Modus operandi faz crescer oposição ao movimento
A política de atuação do MTST, além das práticas de pressão,
como invasões de prédios e terrenos (públicos ou privados) para usá-los como
ferramenta da militância contra estruturas de governo, intensificada na capital
nos últimos três anos na capital paulista, começam a sofrer forte oposição na
periferia.
“Nós não concordamos com os métodos do MTST”, diz Rosalvo
Salgueiro, dirigente do Movimento Terra de Deus, de São Miguel Paulista, zona
leste da capital. Ligado ao PSDB e com acesso livre ao governador Geraldo
Alckmin (PSDB), Salgueiro é hoje um contraponto ao MTST na disputa que ocorre
nas periferias da capital e região metropolitana por terrenos para construção
de casas pelas regras do MCMV Entidades.
Por esta modalidade, que já tem 848 entidades habilitadas no
Ministério das Cidades, associações de moradores e movimentos sociais
“concorrem” pelo dinheiro com incorporadoras e podem obter recursos para os
próprios empreendimentos, financiados por meio da Caixa Econômica Federal.
“Nós não concordamos com invasão dos terrenos e nem com o
uso dessas áreas como prioridade no MCMV”, declara Salgueiro, um dos
articuladores da criação de uma lista única de áreas para acesso aos recursos
dos programas MCMV e da Casa Paulista, o programa estadual. Essa medida já foi
aprovada em novembro no Conselho Estadual de Habitação e deve começar a ser
aplicada em 2016. Pela regra da fila, apoiada por exemplo pelo secretário
estadual, Rodrigo Garcia, os projetos de habitação no Estado terão de seguir critérios
claros.
Primeiro, estar entre projetos do CDHU que estão migrando
para o MCMV, com prioridade pelo sistema de chamamento. Depois, obedecer a
ordem dos que já estão credenciados na Caixa, que seriam entre 7 mil e 8 mil
unidades, além de projetos que já estão em análise.
Só aí estariam habilitados a receber a contrapartida de R$
20 mil do Estado por unidade por meio do Casa Paulista, alcançando os R$ 96 mil
aplicados na construção por unidade - o governo federal aporta R$ 76 mil. Já o
MTST não quer nem saber de criação de lista. “Se o governo de São Paulo fizer
isso, vai paralisar a construção de habitação”, diz Boulos. “Aí vamos acampar
no Palácio”.
Tensão
Para o dirigente dos Sem Terra de Deus, o MTST “atropela”
outros movimentos de moradia operando em Brasília e “indicando gente para o
setor de habitação da Caixa, que aprova os projetos do MTST na frente dos de
outros”. Salgueiro afirma que Boulos tem acesso direto ao Planalto porque é
ligado ao PT. “Temos hoje dois blocos no movimento popular: um, que se diz
socialista, alinhado com o PT e o governo federal. É nesse que está o Boulos”,
diz. “Nós estamos no outro bloco, o dos socialdemocratas. ”
A tensão entre os movimentos em São Paulo, acirrada
atualmente pelo clima de desgaste dos governistas e reforço da oposição ao PT,
na verdade, não é de agora. “Nós tínhamos um terreno no Embu, o João Paulo 1º,
que era CDHU, destinado para nós”, lembra Salgueiro. “Eles (do MTST) foram lá
ocupar a área que era nossa”, diz. “Peguei o nosso pessoal e tiramos eles no
pau”, arremata o líder dos sem-teto dos tucanos.
No MTST, quando se trata de críticas a Salgueiro, a conversa
é desconversar. “Nós não brigamos com outros movimentos”, diz um dos dirigentes
de uma associação do movimento.
Artigo de Pablo Pereira
Fonte: Jornal O Estado de São Paulo -27/12/2015
terça-feira, 8 de dezembro de 2015
Nunca na história deste país um vice demitiu uma presidente por carta
Leia a íntegra da carta:
São Paulo, 07 de Dezembro de 2015
Senhora Presidente,
"Verba volant, scripta manent".
Por isso lhe escrevo. Muito a propósito do intenso noticiário destes últimos dias e de tudo que me chega aos ouvidos das conversas no Palácio.
Esta é uma carta pessoal. É um desabafo que já deveria ter feito há muito tempo.
Desde logo lhe digo que não é preciso alardear publicamente a necessidade da minha lealdade. Tenho-a revelado ao longo destes cinco anos.
Lealdade institucional pautada pelo art. 79 da Constituição Federal. Sei quais são as funções do Vice. À minha natural discrição conectei aquela derivada daquele dispositivo constitucional.
Entretanto, sempre tive ciência da absoluta desconfiança da senhora e do seu entorno em relação a mim e ao PMDB. Desconfiança incompatível com o que fizemos para manter o apoio pessoal e partidário ao seu governo.
Basta ressaltar que na última convenção apenas 59,9% votaram pela aliança. E só o fizeram, ouso registrar, por que era eu o candidato à reeleição à Vice.
Tenho mantido a unidade do PMDB apoiando seu governo usando o prestígio político que tenho advindo da credibilidade e do respeito que granjeei no partido. Isso tudo não gerou confiança em mim, Gera desconfiança e menosprezo do governo.
Vamos aos fatos. Exemplifico alguns deles.
1. Passei os quatro primeiros anos de governo como vice decorativo. A Senhora sabe disso. Perdi todo protagonismo político que tivera no passado e que poderia ter sido usado pelo governo. Só era chamado para resolver as votações do PMDB e as crises políticas.
2. Jamais eu ou o PMDB fomos chamados para discutir formulações econômicas ou políticas do país; éramos meros acessórios, secundários, subsidiários.
3. A senhora, no segundo mandato, à última hora, não renovou o Ministério da Aviação Civil onde o Moreira Franco fez belíssimo trabalho elogiado durante a Copa do Mundo. Sabia que ele era uma indicação minha. Quis, portanto, desvalorizar-me. Cheguei a registrar este fato no dia seguinte, ao telefone.
4. No episódio Eliseu Padilha, mais recente, ele deixou o Ministério em razão de muitas "desfeitas", culminando com o que o governo fez a ele, Ministro, retirando sem nenhum aviso prévio, nome com perfil técnico que ele, Ministro da área, indicara para a ANAC. Alardeou-se a) que fora retaliação a mim; b) que ele saiu porque faz parte de uma suposta "conspiração".
5. Quando a senhora fez um apelo para que eu assumisse a coordenação política, no momento em que o governo estava muito desprestigiado, atendi e fizemos, eu e o Padilha, aprovar o ajuste fiscal. Tema difícil porque dizia respeito aos trabalhadores e aos empresários. Não titubeamos. Estava em jogo o país. Quando se aprovou o ajuste, nada mais do que fazíamos tinha sequência no governo. Os acordos assumidos no Parlamento não foram cumpridos. Realizamos mais de 60 reuniões de lideres e bancadas ao longo do tempo solicitando apoio com a nossa credibilidade. Fomos obrigados a deixar aquela coordenação.
6. De qualquer forma, sou Presidente do PMDB e a senhora resolveu ignorar-me chamando o líder Picciani e seu pai para fazer um acordo sem nenhuma comunicação ao seu Vice e Presidente do Partido. Os dois ministros, sabe a senhora, foram nomeados por ele. E a senhora não teve a menor preocupação em eliminar do governo o Deputado Edinho Araújo, deputado de São Paulo e a mim ligado.
7. Democrata que sou, converso, sim, senhora Presidente, com a oposição. Sempre o fiz, pelos 24 anos que passei no Parlamento. Aliás, a primeira medida provisória do ajuste foi aprovada graças aos 8 (oito) votos do DEM, 6 (seis) do PSB e 3 do PV, recordando que foi aprovado por apenas 22 votos. Sou criticado por isso, numa visão equivocada do nosso sistema. E não foi sem razão que em duas oportunidades ressaltei que deveríamos reunificar o país. O Palácio resolveu difundir e criticar.
8. Recordo, ainda, que a senhora, na posse, manteve reunião de duas horas com o Vice Presidente Joe Biden - com quem construí boa amizade - sem convidar-me o que gerou em seus assessores a pergunta: o que é que houve que numa reunião com o Vice Presidente dos Estados Unidos, o do Brasil não se faz presente? Antes, no episódio da "espionagem" americana, quando as conversar começaram a ser retomadas, a senhora mandava o Ministro da Justiça, para conversar com o Vice Presidente dos Estados Unidos. Tudo isso tem significado absoluta falta de confiança;
9. Mais recentemente, conversa nossa (das duas maiores autoridades do país) foi divulgada e de maneira inverídica sem nenhuma conexão com o teor da conversa.
10. Até o programa "Uma Ponte para o Futuro", aplaudido pela sociedade, cujas propostas poderiam ser utilizadas para recuperar a economia e resgatar a confiança foi tido como manobra desleal.
11. O PMDB tem ciência de que o governo busca promover a sua divisão, o que já tentou no passado, sem sucesso. A senhora sabe que, como Presidente do PMDB, devo manter cauteloso silêncio com o objetivo de procurar o que sempre fiz: a unidade partidária.
Passados estes momentos críticos, tenho certeza de que o País terá tranquilidade para crescer e consolidar as conquistas sociais.
Finalmente, sei que a senhora não tem confiança em mim e no PMDB, hoje, e não terá amanhã. Lamento, mas esta é a minha convicção.
Respeitosamente,
\ L TEMER
A Sua Excelência a Senhora
Doutora DILMA ROUSSEFF
DO. Presidente da República do Brasil
Palácio do Planalto
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