SERPAJ-Chile inicia campanha pacifista enquanto orçamentos militares disparam
Europeus investem na corrida armamentista e UE apresenta um plano de rearmamento no valor de 800 bilhões de euros
"Como todos os anos, no SERPAJ Chile nos juntamos aos Dias Globais Contra os Gastos Militares
Levantamos a voz para exigir a redução das despesas com exércitos e armamento.
Enquanto milhares de pessoas enfrentam crises sociais, pobreza e violação de direitos, os orçamentos militares continuam aumentando.
É urgente priorizar a vida, a paz e a justiça social sobre a militarização.
Exigimos que esses recursos sejam destinados à educação, saúde, habitação e ambiente."
Fonte: Serpaj-CHILE
Da Redação, São Paulo, 29/03/2025
Os integrantes chilenos do Serviço de Paz e Justiça, o SERPAJ, divulgaram a nota reproduzida acima e se posicionaram contra os investimentos bilionários em armamentos militares. A campanha global será intensificada entre os dias 10 de abril e 9 de maio e reúne cidadãos de todo planeta através do site https://demilitarize.org/
No ano passado, o mundo testemunhou uma escalada alarmante de violência, com consequências catastróficas. O genocídio em Gaza e a guerra na Ucrânia, além de mais de 30 outros conflitos armados no Sul Global (metade deles na África), juntamente com retóricas e políticas cada vez mais agressivas e abertamente supremacistas, contribuíram para um clima de instabilidade e medo.
Apesar do papel evidente da força militar em tudo isso, os governos estão respondendo e dobrando a receita para o desastre, aumentando significativamente seus orçamentos militares. Em vez de buscar caminhos para a paz, investir em diplomacia, ajuda humanitária e resolução de conflitos, os países estão alocando quantidades sem precedentes de recursos para a indústria de armas.
Essa tendência perigosa não apenas alimenta tensões globais, mas também desvia fundos cruciais de setores sociais e ambientais, que realmente melhoram vidas e fornecem segurança. A história tem mostrado repetidamente que a militarização não traz paz nem segurança; ela perpetua ciclos de destruição, sofrimento e injustiça.
A política de guerra mobiliza especialmente a União Europeia. Ursula von der Leyen, que preside os 27 países da cúpula europeia, apresentou um plano militar no valor de 800 bilhões de euros.
“Rearm Europe” (Rearmar a Europa) é o nome do projeto para mobilizar os "mercadores da morte". São os fabricantes de armas, sobretudo dos USA, que lucram em detrimento do combate à pobreza.