Esquivel se posiciona contra conflitos armados e critica Javier Milei
Taty Almeida, Mãe da Praça de Maio, e Adolfo Pérez Esquivel, Prêmio Nobel da Paz, pedem paz
O vídeo acima, publicado pelo Serviço de Paz e Justiça na Argentina (SERPAJ-ARG), mostra duas das principais lideranças contra a opressão de governos arbitrários na América Latina. São Adolfo Pérez Esquivel, Prêmio Nobel da Paz e Taty Almeida, Mãe da Praça de Maio.
Adolfo teve atuação de destaque também no Brasil, apoiando causas humanitárias, como, por exemplo, o movimento popular por habitação em São Paulo chamado "Terra de Deus, Terra de Todos", fundado por Rosalvo Salgueiro.
Veja abaixo a transcrição, em português, do pronunciamento feito por ambos no vídeo anterior:
"As organizações de direitos humanos nasceram em defesa da vida das pessoas e pela paz. Devemos enfrentar o nazismo, as guerras e as ditaduras que usam o horror e a violência para subjugar as pessoas.
Hoje, vemos como as potências se chocam em guerras para dividir o planeta e seus bens. Vemos também como este governo (Javier) Milei não faz nada além de gerar ódio, desamparo, pobreza e sofrimento entre a maioria de seus habitantes, e eles não hesitariam em nos levar a um conflito armado.
Nós, argentinos, não nos deixaremos usar para lutar as guerras de outros impérios, especialmente aqueles aliados à OTAN, que ocupa ilegalmente, junto com a Inglaterra, nosso território das Ilhas Malvinas e busca se expandir para a Antártida argentina.
Não exporemos nossos filhos novamente, como em 82, a serem massacrados, assassinados ou a acabarem cometendo suicídio por causa do que sofreram.
Nós lhes dizemos:
Ao Presidente Milei afirmamos que, historicamente, somos neutros em conflitos armados.
Não queremos ser parceiros da Força Imperial da OTAN. Não queremos bases militares nem interferência estrangeira em nosso território.
Não seremos cúmplices da multiplicação dos gastos militares e dos fundos para a AIDS. Respeitamos a autodeterminação dos povos e defendemos a paz, os direitos e a justiça.
E, como diz León, a guerra é um grande monstro que atropela toda a inocência das pessoas. Só peço a Deus que a dor, que a dor..."