Terra de Deus, Terra de Todos entrega 432 aptos em condomínio de alto padrão
Em Embu das Artes, o
movimento social vem propondo novos paradigmas para a área de habitação ao
elevar o nível dos apartamentos, condomínios e impacto social
A portaria conta com segurança 24h, camêras e
reconhecimento facial. (Crédito: Bessa Luna)
Bessa Luna, 24/07/25
O Movimento Terra de Deus, Terra
de Todos entregou os condomínios Selection I e II que fazem parte do
Residencial São Carlos do Brasil, em Embu das Artes. São mais 432 unidades
nesta etapa – totalizando 864 apartamentos finalizados e entregues entre os 2331
que fazem parte do projeto.
A infraestrutura do complexo
residencial traz para a região mais do que moradias. É um trabalho de impacto
social relevante que discute acessibilidade, reforma urbana, redução da
desigualdade, direitos humanos e dignidade. Elevadores, Piso laminado,
playground, vagas na garagem, churrasqueira, salão de festas, segurança e uma
comunidade ativa em prol do bem-estar coletivo são marcas que elevam o padrão
quando o assunto é moradia popular:
“Nós estamos fazendo agora um
outro padrão. As pessoas duvidam que isso aqui seja CDHU ou que seja projeto
popular. As pessoas passam na rua e veem de longe um conjuntinho CDHU porque
tem a carinha dele. Esse a gente não diz que é CDHU. Aqui tem pessoas com renda de um a cinco
salários mínimos. Muitos jamais poderiam
comprar um apartamento desse. Então, essa é a diferença. É o papel fundamental
dos movimentos sociais fazer crescer esse padrão”, declarou Rosalvo
Salgueiro, coordenador nacional do Movimento.
A associação de moradores se reúne mensalmente há quase uma década, sob a organização da equipe “Terra de Deus”. Dali surgem lideranças comunitárias formadas durante as palestras de Rosalvo e Bruna Salgueiro, bem como Alexandres Mendes.
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Alexandre Mendes, Rosalvo e Bruna Salgueiro, coordenadores do Movimento Terra de Deus, Terra de Todos. (Crédito: Ophira Produções) |
Os três são coordenadores não apenas da obra, mas de tudo que diz respeito às pessoas que vão ocupá-la. Há um intenso trabalho dessa equipe junto aos poderes públicos de todas as esferas para garantir o básico como linhas de ônibus, segurança patrimonial, creches e quadras esportivas.
O movimento se declara apartidário
ao receber as autoridades políticas em exercício dos seus respectivos cargos
públicos, mostrando o impacto social do trabalho que, além da concretização da
casa própria, pulsa enquanto comunidade e sociedade civil organizada.
Estiveram presentes na entrega
das chaves o governador do Estado de São Paulo Tarcísio de Freitas; o
Secretário Estadual de Habitação, Marcelo Branco; o prefeito de São Paulo, Ricardo
Nunes; o prefeito de Embu das Artes Hugo Prado, a deputada federal Ely Santos;
a recém-empossada deputada estadual Damaris Moura e o deputado estadual Eduardo
Nobrega.
Tarcísio de Freitas destacou a
força espiritual da trajetória de Rosalvo: “Deus deixou dons e você,
Rosalvo, tem galardão junto ao pai! Você tem o dom de fazer a diferença na vida
das pessoas!”, agradeceu o mandatário.
Vale ressaltar a presença de entidades
parceiras como o Instituto Eixo, na figura de Roberta Nascimento; a associação
comunitária Jardim Santa Adélia, com Nair Delatin; além da Igreja Católica
Apostólica Brasileira, a ICAB, representada por Dom Vagner, Bispo Diocesano de
São Paulo e Dom Lucas Bodea, padre africano natural do Benin.
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A deputada federal Ely Santos, Rosalvo Salgueiro, Ricardo Nunes e Alexandre Mendes entregam as chaves da casa própria para Alisson, síndico do condomínio. (crédito: Bessa Luna) |
Para aqueles que estavam retirando a chave da sua primeira casa própria o momento foi de emoção. “Depois de muito tempo estamos hoje para pegar a chave do nosso apartamento. E já a partir da semana que vem, podemos mudar”, Rosalvo discursou ao público, aproveitando a presença das autoridades e do público para chamar todos ao dever de cidadão que marca sua trajetória: “Vocês não têm o direito de entrar para casa, sair da chuva, sair do sol, sair do aluguel e se esquecer que lá fora ainda tem muita gente que precisa de habitação. Vocês precisam apoiar o movimento. É preciso criar políticas públicas!”, finalizou.