G.L.G, de 11 anos, e T.V.B, de 10 anos, sumiram sem
deixar rastros em meio a chuva de tiros disparada pelos agressores, ao mesmo
tempo em que era ateado fogo no acampamento indígena, queimando todos os
pertences da comunidade. Os Guarani e Kaiowá não descartam a hipótese das
crianças terem sido sequestradas. No ataque, por muito pouco uma criança não
acabou carbonizada, como relatou nota do Ministério Público Federal, publicada
no fim da tarde desta sexta-feira, dia 26.
Tape Rendy, indígena Guarani e Kaiowá desabafou:
“Estas crianças se criaram aqui, conhecem bem este terreno, já deviam ter
voltado. A comunidade está revoltada. Não aguenta mais a dor pelos pequenos que
sumiram. Se eles levaram não será a primeira vez. Perguntem nas aldeias, sempre
levam crianças”.
Após o incidente, o deputado Paulo Pimenta,
presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados,
que veio pessoalmente ao Mato Grosso do Sul apurar os danos e violações
causados pelos ataques e garantir a proteção dos indígenas, solicitou uma
equipe de busca para encontrar os meninos.